O aquecimento global atual não faz parte de um ciclo natural do clima da Terra
A tendência atual de aquecimento é de particular significância pelo fato de que a maior parte dela é muito provavelmente (a probabilidade é maior que 95%) resultado das atividades humanas desde a metade do século XX e prosseguindo numa taxa sem precedentes nas últimas décadas a milênios.
Satélites orbitando a Terra e outros aparatos tecnológicos habilitaram os cientistas a entender a situação, coletando diversos tipos de informação sobre nosso planeta e o clima numa escala global. Esse corpo de informações, coletados ao longo de muitos anos, revelam os sinais de uma mudanças climática.
A retenção natural de calor pelo dióxido de carbono e outros gases foi demonstrado em meados do século XIX. A capacidade desses gases em afetar a transferência de energia infravermelha através da atmosfera é a base científica de muitos instrumentos pilotados pela NASA. Não há dúvidas de que o aumento do nível de gases do efeito estufa na atmosfera causa o aquecimento do planeta.
Núcleos de gelo extraídos da Groenlândia, Antártica e e geleiras de montanhas tropicais mostra que o clima da Terra responde às mudanças nos níveis dos gases do efeito estufa. Evidências arqueológicas também podem ser encontradas em anéis de árvores, sedimentos do oceano, recifes de corais, e camadas de rochas sedimentares. Essas evidências arqueológicas ou paleoclimáticas revelam que o atual aquecimento está ocorrendo aproximadamente 10 vezes mais rápido que a taxa média dos aquecimentos medidos no passado.
As evidências para a rápida mudanças climáticas são claras:
Aumento da Temperatura Global:
A temperatura média da superfície do planeta cresceu cerca de 1.1 graus Celsius desde o final do século XIX, uma mudança conduzida enormemente pelo crescimento das emissões de dióxido de carbono na atmosfera e outras atividades humanas. A maior parte do aquecimento ocorreu nos últimos 35 anos, com 16 de 17 anos sendo os mais quentes da história desde 2001. Não apenas 2016 foi o ano mais quente, como oito dos doze meses do ano - de janeiro a setembro, com exceção de junho - sendo os mais quentes dos seus respectivos meses.
Aquecimento dos oceanos:
Derretimento das calotas polares:
Córrego se forma numa calota da Groenlândia devido ao derretimento do gelo. |
As calotas polares da Groenlândia e da Antártica tiveram um decréscimo de massa. Dados da Gravity Recovery and Climate Experiment (Recuperação de Gravidade e Experimento Climático) da NASA, mostrou que a Goenlândia perdeu de 150 a 250 quilômetros cúbicos de gelo por ano entre 2002 e 2006, enquanto a Antártica perdeu cerca 152 quilômetros cúbicos de gelo entre 2002 e 2005.
Retração de geleiras:
Capa de gelo do Monte Kilimanjaro desaparecendo, visto do espaço. |
Diminuição da cobertura da neve:
Observações de satélites revelam que a cobertura da neve de primavera no hemisfério norte diminuiu ao longo das últimas cinco décadas e que a neve está derretendo mais depressa.
Aumento do nível dos oceanos:
República das Maldivas, vulnerável ao aumento do nível do mar. |
O nível global dos oceanos aumentou cerca de 20 centímetros no último século. A taxa nas últimas duas décadas, no entanto, é aproximadamente duas vezes maior do que no último século.
Diminuição do gelo marinho no ártico:
Imagem da cobertura mínima de gelo marinho no Ártico em 2012, o menor da história |
Tanto a extensão quanto a espessura do gelo marinho do Ártico tem diminuído rapidamente ao longo das últimas décadas.
Eventos climáticos extremos:
O número de eventos de temperaturas altas recordes nos Estados Unidos vem aumentando, enquanto o número de eventos de temperatura baixa recordes vem diminuindo, desde 1950. Os Estados Unidos também testemunharam um crescente número de tempestades intensas.
Acidificação dos oceanos:
Desde o início da Revolução Industrial, a acidez da superfície dos oceanos aumentou cerca de 30%. Esse aumento é devido à emissão de dióxido de carbono na atmosfera a partir de atividades humanas e então a maior absorção pelos oceanos. A quantidade de dióxido de carbono absorvido pela camada superior dos oceanos está aumentando cerca de 2 bilhões de toneladas por ano.
Fonte (original): NASA Global Climate Change
Observação: No texto original estão listadas todas as fontes e artigos de onde os dados foram extraídos.
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